Apresentação

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) vem atuando desde os primeiros momentos da notícia do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, mobilizando seus pesquisadores, professores, estudantes e servidores em ações de curto, médio e longo prazo. Na mesma semana da tragédia ocorrida no dia 5 de novembro de 2015, o reitor Reinaldo Centoducatte e a vice-reitora Ethel Maciel convocaram os pró-reitores e diretores de centros para uma avaliação de como a Universidade poderia atuar, e em que frentes.

A primeira opção, mais emergencial, foi a de prestar total apoio aos órgãos públicos que estavam diretamente envolvidos na análise e na redução dos danos, tais como Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marinha do Brasil e Ministério Público Federal e do Espírito Santo. Posteriormente foram feitas parcerias com as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), de Ouro Preto (Ufop) e do Rio Grande (FURG). A Ufes também conta com duas representantes no Fórum Capixaba em Defesa da Bacia do Rio Doce.

A efetivação das ações teve início em 13 de novembro, quando a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) convocou todos os grupos de pesquisa da Ufes que tivessem alguma atuação na região. O objetivo era traçar estratégias conjuntas de atuação em torno do problema, que vem afetando tanto as áreas da bacia do Rio Doce como do litoral capixaba. Na sequência, a Pró-Reitoria de Extensão (Proex) também fez um chamamento aos coordenadores de projetos e programas já em andamento para somarem esforços ao que já vinha sendo realizado.

A partir da resposta de dezenas de pesquisadores foram criadas duas frentes de trabalho envolvendo ações de pesquisa e de extensão: uma com maior ênfase nas questões socioambientais, e outra para aspectos físicos relacionados aos rejeitos advindos do rompimento da barragem em Mariana. Para otimizar as ações, cada um dos grupos criou subgrupos temáticos, sendo o Socioambiental subdividido em temáticas relativas a 1) Saúde, 2) Socioeconomia, 3) Memória, Emoções e Cultura, 4) Território, Meio Ambiente e Infraestrutura, 5) Educação, 6) Comunicação, Mobilização e Controle Social, e 7) Institucional. Já as equipes que estão atuando os aspectos físicos e bióticos, dividiram-se em dois subgrupos: 1) Meio Marinho e 2) Meio Continental.

Também foi criado um grupo específico de Articulação, que tem o objetivo de organizar os contatos e parcercias institucionais da Universidade tanto em âmbito interno como externo. O grupo atua envolvendo as entidades já parceiras deste o início das atividades e amplia os diálogos com organizações não governamentais que estão atuando nas questões relativas à tragédia. 

A maior parte dos estudos e ações estão em processo de elaboração, observação e análise, mas alguns grupos já divulgaram relatórios preliminares, como os casos do elaborado pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Mobilizações Sociais (Organom), com o título “Impactos socioambientais no Espírito Santo da ruptura da barragem de rejeitos da Samarco”, coordenado pela Profa. Dra. Cristiana Losekann; e o elaborado pela equipe formada pelos professores doutores Alex Cardoso Bastos, Camilo Dias Jr., Luiz Fernando F. Loureiro, Renato David Ghisolfi, Renato Rodrigues Neto e Valéria da Silva Quaresma, com o título “Resultados parciais das análises realizadas em amostras coletadas na plataforma adjacente a foz do Rio Doce”, a partir do trabalho que realizaram no Navio Navio Hidroceanográfico de Pesquisa Vital de Oliveira.

Ambos os estudos foram utilizados pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais na ação movida na Justiça Federal contra as empresas responsáveis pelo rompimento da barragem e a poluição e danos à bacia do Rio Doce.

A criação da Rede Ufes-Rio Doce tem, portanto, o objetivo de ser um espaço permanente de intercâmbio de estudos, discussões e ações que visem a reparação e a compensação aos estragos sociais, ambientais, culturais e econômicos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, no município de Mariana. Desta forma, é um ambiente para colaboração, divulgação e difusão das diversas atividades em desenvolvimento pela Ufes e seus parceiros, com a intenção de manter a sociedade informada constantemente dos avanços e desdobramentos que estão ocorrendo.

Poderão ser encontrados neste portal informações e acessos a relatórios, documentos e imagens, tudo dentro dos princípios da transparência e da publicização de dados de uso público.

 

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