Relatórios de ações da Rede Ufes-Rio Doce são disponibilizados on line
Após quatro meses de pesquisa, a Ufes vai disponibilizar à população os relatórios dos projetos de pesquisa e extensão realizados nas regiões atingidas pela tragédia do rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco Mineração. Os dados estarão publicados no portal Rede Ufes-Rio Doce, cujo acesso estará disponível a partir da próxima semana.
A Ufes vem atuando deste os primeiros momentos da notícia do rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, mobilizando seus pesquisadores, professores, estudantes e servidores em ações de curto, médio e longo prazo. Na mesma semana da tragédia ocorrida no dia 5 de novembro, o reitor Reinaldo Centoducatte e a vice-reitora Ethel Maciel convocaram os pró-reitores e diretores de centros para uma avaliação de como a Universidade poderia atuar e em que frentes.
A primeira opção foi a de prestar total apoio aos órgãos públicos que estavam diretamente envolvidos na análise e na redução dos danos, tais como Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marinha do Brasil e Ministério Público Federal e do Espírito Santo. Posteriormente foram feitas parcerias com as universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Ouro Preto (Ufop).
A efetivação das ações teve início em 13 de novembro, quando a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) convocou todos os grupos de pesquisa da Ufes que tivessem alguma atuação na região, para traçar estratégias conjuntas de atuação em torno do problema, que vem afetando tanto as áreas da bacia do Rio Doce como do litoral capixaba.
A partir da resposta de dezenas de pesquisadores foram criadas duas frentes de trabalho envolvendo ações de pesquisa e de extensão: uma com maior ênfase nas questões socioambientais, e outra para aspectos físicos relacionados aos rejeitos advindos do rompimento da barragem em Mariana.
Abordagens
Para otimizar as ações, cada um dos grupos criou subgrupos temáticos, sendo o Socioambiental subdividido em temáticas relativas a 1) Saúde, 2) Socioeconomia, 3) Memória e Emoções, 4) Socioambiental, Territorial e Cultural; e 5) Institucional, Controle e Mobilizações Sociais. Já as equipes que estão atuando os aspectos físicos, dividiram-se em dois subgrupos: 1) Meio Marinho e Meio Continental.
A maior parte dos estudos e ações estão em processo de elaboração, observação e análise, mas alguns grupos já divulgaram relatórios preliminares (anexados abaixo), como os casos do elaborado pelo Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão em Mobilizações Sociais (Organom), com o título “Impactos socioambientais no Espírito Santo da ruptura da barragem de rejeitos da Samarco”, coordenado pela Profa. Dra. Cristiana Losekann; e o elaborado pela equipe formada pelos professores doutores Alex Cardoso Bastos, Camilo Dias Jr., Luiz Fernando F. Loureiro, Renato David Ghisolfi, Renato Rodrigues Neto e Valéria da Silva Quaresma, com o título “Resultados parciais das análises realizadas em amostras coletadas na plataforma adjacente a foz do Rio Doce”, a partir do trabalho que realizaram no Navio Navio Hidroceanográfico de Pesquisa Vital de Oliveira.
Foto: Leonardo Merçon - Instituto Últimos Refúgios